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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Traficantes do Rio de janeiro.


O Fantástico teve acesso a um álbum de fotos do tráfico. Uma espécie de coluna social dos bandidos.

Você conhece alguém que ande com jóias de R$ 300 mil?

O Fantástico teve acesso a um álbum de fotos do tráfico. Uma espécie de coluna social dos bandidos. Nas ruas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, traficantes exibem quilos de ouro. Circulam em motos, promovem festas de luxo no meio da favela, sempre carregados de pedras preciosas.

Colares, pingentes, anéis, que chamam a atenção até de quem entende de joalheria.

“Olhando essas imagens, quase 100% de certeza que é ouro. Pode notar a coloração, a própria espessura da peça, a forma, a cor que ela fotografa, a probabilidade é que seja ouro, do bom”, analisa Carla Pinheiro, presidente da Associação dos Joalheiros - RJ.

Ela explica que essas jóias não são vendidas em lojas comuns, mas fabricadas artesanalmente.

“Correntes são bem feitas, isso indica uma possibilidade de fundição, modelagem, mas algum tipo de equipamento específico”, analisa.

Quem são essas pessoas que têm o seu próprio joalheiro?

Perguntamos ao delegado responsável pelo combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro.

“Esse traficante da imagem é o Biscoito, ele era uma liderança da Mangueira, estava escondido no Alemão e de lá davam ordens pra gestão das ações criminosas. O de camisa branca era o Claudinho CL. Com certeza ele é procurado”, mostra Pedro Medina, delegado de combate ao tráfico de drogas (RJ).

“Esse outro é o bebezão. Tem mandado de prisão pendente, bastante perigoso”, mostra Medina.

Um dos homens reconhecidos por Medina é conhecido como Faustão. Ele foi preso durante a operação no Complexo do Alemão quando tentava fugir. E o álbum guardava uma surpresa. A intimidade de FB - o chefe do tráfico na região.

“Foi um dos responsáveis pela onda de terror que assolou o Rio de Janeiro”, conta o delegado.

A polícia confirma que todos eles estavam escondidos dentro do Conjunto de Favelas do Alemão. Muitos, fugindo de regiões onde foram instaladas as Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs. Achavam que lá, ninguém ia mexer com eles.

“Trabalhos investigativos possibilitaram determinar que quase todas lideranças do tráfico de drogas dessa facção passavam durante a semana no interior daquela comunidade uma vez que sabiam que era raro diligências, operações policiais ali”, diz o delegado.

Rose é a única traficante que aparece nas fotos. Seria gerente de uma favela inteira. Mas ela não é a única mulher fotografada ostentando armas e ouro. Um dos arquivos tinha 55 fotos. Só de pessoas ligados aos traficantes.

Um pingente de ouro e diamante é uma réplica da igreja da Penha. Outras usam as iniciais dos criminosos com quem são casadas ou de quem são amantes. Nas legendas elas recebem o título de "fiel" do bandido.

Até crianças foram fotografadas ostentando quilos de ouro puro. A menina com anéis em todos os dedos. E a filha de um dos chefões do tráfico aparece com o uniforme de uma escola particular muito cara.

Um dos poucos luxos que extrapolam a favela.

“Eles usam isso pra demonstrar o poder, seduzir as meninas para que eles tenham casos com elas, pra mostrar poder, mas também porque não têm como usar o dinheiro fora da localidade. Sempre que saíam, viajavam, compravam roupas, corriam risco de ser presos. Eles são escravos do próprio dinheiro e do território, e agora nem território eles têm porque a gente foi lá e tomou. Não vamos ver nem ouro, nem crianças usando cordões de ouro, isso a gente nunca mais vai ver no Alemão”, afirma Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil (RJ)
Fonte: http://fantastico.globo.com

Eu fico me perguntando como que esse pessoal conseguem tanto dinheiro assim sendo que eles não pode nem sair da favelas que são presos. Isso é uma coisa que tem que ser muito bem investigado eu não sei como sai tanto dinheiro assim pra eles.

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